Cenas parvas e secas de preferência, agora é aqui e na secção de frutos secos do continente..

sábado, setembro 26, 2009

Hoje, cinco segundos de total escuridão deslumbraram a minha vista. Agradeço-me.

quarta-feira, setembro 16, 2009

"If you keep thinking about what you want to do or what you hope will happen, you don't do it, and it won't happen."

Desiderius Erasmus

A arte de ser feliz

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega; era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas d’água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles

sexta-feira, janeiro 16, 2009

BUMP

quinta-feira, agosto 31, 2006

Gujarati Rap Video



Quem perceber Gujarati Vai rir-se tanto que ja nem sei o kue estou a dizer...

sábado, abril 29, 2006

Querido Pai Natal

Querido Pai Natal,Acharás estranho que te escreva hoje, 26 de Dezembro, mas quero esclarecer umas coisas que me ocorreram desde que te enviei a carta cheia de ilusões na qual pedia que trouxesses uma bicicleta, um comboio eléctrico, um Nintendo e um par de patins.Quero dizer-te que me matei a estudar todo o ano, tanto que, não só fui dos primeiros da minha turma, mas também tirei 20 a todas as disciplinas e não te estou a enganar. Ninguém se portou melhor do que eu, nem com os pais, nem com os irmãos, nem com os amigos, nem com os vizinhos. Fiz recados sem cobrar, ajudei velhinhos a atravessar a rua e não houve nada que eu não fizesse pelos meus semelhantes e mesmo assim... que grande lata... ó Pai Natal.É que deixar debaixo da Árvore de Natal um cabrão dum pião, uma merda duma corneta e um caralho dum par de meias... foda-se... quem é que pensas que és... barrigudo do caralho.Pois é, porto-me como um camelo a merda do ano inteiro, para vires com essa merda de prendas e como se não bastasse, ao paneleiro do filho da vizinha, esse otário estúpido como caralho que grita com a vaca da mãe e é um pandemónio lá em casa, tu deste-lhe tudo o que ele pediu.Agora quero que te fodas e que venha o caralho de um terramoto e nos engula a todos, porque um Pai Natal incompetente como tu, não faz falta a ninguém.Mas não deixes de regressar no ano que vem, porque vou rebentar à pedrada as putas das tuas renas e hás-de vir bater com os cornos cá em baixo, que te hás-de foder.Vou começar pela tua rena Rudolph, que tem nome de maricas, e hás-de andar a pé, já que a merda da bicicleta que pedi era para ir pra escola, que é longe comá merda.Ah!!!...É verdade...não me quero despedir, sem te mandar para a puta que te pariu, pois tu és um filho da puta. E aviso-te que para o ano vais saber o que é bom, pois vou foder o juízo a toda a gente o ano todo.
P.S.Quando quiseres, podes vir buscar o pião, a corneta e as meias, mas acorda-me para eu te enfiar essas merdas todas pelo cu acima.

quinta-feira, abril 06, 2006

Dah man em desepero e com falta de sono







CHAMEM O MÉDICO!!!!!!!!!!

sexta-feira, março 31, 2006

V for Vendetta

Peço desculpa pela demora de um post mas tamos em epoca de testes.

A tagline que vou por faz parte do filme "V for Vendetta" uma brutalidade de filme um dos melhores que ja vi e esta introduçao do heroi do filme passa-se quando o dito cujo conheçe a heroina:

Voilà! In view, a humble vaudevillian veteran, cast vicariously as both victim and villain by the vicissitudes of Fate. This visage, no mere veneer of vanity, is it vestige of the vox populi, now vacant, vanished, as the once vital voice of the verisimilitude now venerates what they once vilified. However, this valorous visitation of a by-gone vexation, stands vivified, and has vowed to vanquish these venal and virulent vermin vanguarding vice and vouchsafing the violently vicious and voracious violation of volition. The only verdict is vengeance; a vendetta, held as a votive, not in vain, for the value and veracity of such shall one day vindicate the vigilant and the virtuous. Verily, this vichyssoise of verbiage veers most verbose vis-à-vis an introduction, and so it is my very good honor to meet you and you may call me V.